A Falta de Caráter é a Maior Qualidade de Um Politico numa República Democrática
Muito se reclama da falta de caráter dos políticos, mas, não ter caráter, ser amoral, é condição “sine qua non” para o exercício da representação política, e não estou jogando com as palavras. Um representante político não tem o direito de fazer senão aquilo que é a vontade do povo. Como povo é uma ficção, há o interesse difuso de diversos grupos e indivíduos, tanto quanto as vontades de cada pessoa. O que temos em verdade é um indivíduo que pratica a arte de representar num espelho, que tenta fazer com que cada pessoa ao menos em alguma coisa se enxergue nele. Quando não há nenhuma identidade possível, então é ele que elege um grupo ou uma classe de pessoas, que tem que ser minoria porque ele quer o poder. Se ninguém o ama, pelo menos todo mundo é capaz de odiar, como ele, o outro, e segui-lo senão por amor mas, por ódio. Esta tática totalitária nazi-fascista hoje é usada contra as minorias homossexuais.
Eles estão pouco se lixando para o moral. O político é um ser amoral por natureza, por não ter nenhum caráter, assume o caráter que quiser, vende-se por qualquer interesse, não importam as contradições. A embalagem é a da moralidade, mas dentro da embalagem o produto não é apenas podre, ele é adulterado. É absolutamente qualquer coisa, e quem pagar pela campanha torna-se o que quiser que seja. Como a própria Bíblia diz em Romanos, não sabe que quem sustenta o homem é seu verdadeiro dono?
Não ter caráter é premissa para ser político. Como FHC faria para ser o representante do povo brasileiro se dissesse que é ateu? Será que os liberais católicos fervorosos que odeiam Lula o apoiariam? Aliás como é que católicos podem odiar o Lula se o homem, como animal político, como o estadista, sem caráter nasceu na sacristia. Acho até que, o que tem de defeito como político, são seus princípios trazidos do agreste. Se não tivesse ainda as marcas da fome e mais nenhum compromisso com o Nordeste, com o fim da pobreza ou com os operários do ABC, se dentro de cada monstro político Lula, ainda não houvesse ainda um Silva, ele não teria se tornado apenas um presidente populista, mas um ditador, isto porque o Brasil ama ditaduras burocráticas e regimes autoritários, não só os de direita,mas também os de esquerda.
Ama um título, um carimbo, uma cátedra, um Rei, uma alfandega, um“sabe com quem você está falando?”, brasileiro ama fila, filas intermináveis só para poder furar. Se não houvesse burocracia como haveria o privilegio? Se não houvesse tantas normas como haveria tanta corrupção? Diploma no Brasil é licença pra fazer bobagem. Profissão, privilegio de categoria. Direito de saber como furar a lei.
O que digo agora é sobre as eleições existentes desde há 100 anos e ainda vale pra hoje:
"Vocês estão sendo enganados! Foi dito que a Câmara dos deputados,composta por imbecis e ladrões, não representa a maioria dos votantes. Isso é falso! Pelo contrário, uma Câmara formada por deputados que são idiotas e ladrões representa perfeitamente os eleitores que vocês são. Não protestem; uma nação têm os líderes que merece!"
—Zo d'Axa, Vocês não passam de idiotas.
Por favor, não fiquem ofendidos com ele, nem comigo, deixemos de ser hipócritas, vamos parar de nos enganar e nos filiar a todos os partidos políticos. Ou então nos levantemos e enxotemos quem não nos representa no nosso Congresso, tomemos de volta esta Nação que é nossa. Sim, o parlamento é um teatro e eles são só atores, mas a peça é nossa, a direção é nossa e, sobretudo quem deve escrever o roteiro a partir de hoje somos nós, juntos. Eles que continuem atuando, mas para nós, os verdadeiros autores da Constituição, e não mais para os seus patrocinadores. Que seja uma encenação, mas de arte, sem comerciais e horário político.
Porque é preciso de atores com caráter para representar minhas decisões, e não capataz do poder com mandato para tomar decisões por mim.
Se soubesse que a democracia representativa era isso preferia ter feito do meu carteiro meu rei, antes de ter assinado o contrato social. A propósito, quando foi mesmo que eu assinei o contrato de prestação de serviços públicos com essa República?
Governe-se.
Ass:
Marcos Brancaglione
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